A doença arterial carotídea não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Muitas vezes, sua primeira manifestação é um derrame. Felizmente alguns casos manifestam-se com “ínicio de derrame”, onde os sintomas regridem em até 24 horas (ataque isquêmico transitório).
Os sintomas normalmente desaparecem em 24 horas, mas não devem ser ignorados, e sim informados ao médico imediatamente. A ocorrência de um ataque isquêmico transitório representa um alto risco para derrame em um futuro próximo. Em outros casos, quando os sintomas não desaparecem em até 24 horas, provavelmente um derrame já ocorreu. Deve-se buscar assistência médica imediatamente nesses casos.
O diagnostico geralmente é feito atraves de exames de imagem, sendo utilizado inicialmente a ultrasonografia, por ser um exame não invasivo e também por avaliar a morfologia da placa de ateroma. Caso o mesmo apresente alterações, encaminha-se então para a realização de exames mais precisos como angiotomografia, angioressonancia e arteriografia.
Com relação ao tratamento, a sua escolha depende da severidade da doença, da presença ou não de sintomas e da saúde geral do paciente. Em pacientes com estenoses menos severas e ausência de sinais de embolização, é realizado o tratamento clinico com medicações e mudanças no estilo de vida..
Já nos casos que não requerem intervenção cirúrgica, estão disponíveis hoje a cirurgia convencional (Endarterectomia) e a angioplastia com stent.
A endarterectomia, procedimento onde é realizada a retirada de placa de gordura através de uma incisão no pescoço, é o tratamento de primeira escolha para a doença carotídea. É indicada para os casos severos – por exemplo, quando há sintomas de ataque isquêmico transitório, história de derrame ou estreitamento significativo da luz de alguma artéria carótida. O procedimento é seguro e duradouro quando realizado por um cirurgião qualificado.
Já a Angioplastia com colocação de stent geralmente é realizada com anestesia local, através de uma pequena punção na virilha por onde são inseridos o dispositivo que implanta o stent que é posicionado na artéria para mantê-la aberta. Ambos os procedimentos apresentam taxas de complicações semelhantes, tendo a angioplastia uma taxa de embolização transoperatória maior quando comparada a endarterectomia, ficando hoje a angioplastia mais indicada em casos selecionados como reestenose da placa, bifurcação carotídea alta, entre outras ou para pacientes de alto risco cirúrgico para endarterectomia.